não me peças para explicar que há um caminho e também uma espera - depois das horas, antes do tempo. não vou explicar
[ por favor, não me peças para explicar]
que te (re)conheco no mundo que acontece dentro dos versos. em que a distância entre as palavras é lavrada na pele das mãos - tu sabias - e disseste-me- os ecos deitam-se nos cantos e acontecem em simultâneo.
[a noite é um país habitado onde se desenham lugares menos solitários, onde se prolonga a inquietação para além do azul]
e eu sei que as minhas mãos deveriam adormecer nas tuas, no fim de todas as coisas, no fim de todos os gestos.
quinta-feira, 16 de novembro de 2017
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