quarta-feira, 31 de julho de 2019
quarta-feira, 24 de julho de 2019
“Pep, The Cat-Murdering Dog” was a black Labrador Retriever admitted to Eastern State Penitentiary on August 12, 1924. Prison folklore tells us that Pennsylvania Governor Gifford Pinchot used his executive powers to sentence Pep to life without parole for killing his wife’s cherished cat. Prison records support this story: Pep’s inmate number (C-2559) is skipped in prison intake logs and inmate records.
He served the rest of his days in the penitentiary. His ghost is said to now haunt Eastern State. Reports say that in the night you can hear his dog tags jingling up and down the halls, and sometimes him scratching accompanied by a mournful howl.
« - [O que tenho?] - disse ele - Nada de especial. Tenho... um décimo de segundo a mostrar que não está pelos ajustes... Espere... Há momentos em que o meu corpo se ilumina... É muito curioso. De repente fico-me visível... distingo o fundo das minhas camadas de carne, sinto zonas de dor, anéis, pólos, coroas de dor. Está a ver estas figuras vivas?, a geometria do meu sofrimento? Alguns destes relâmpagos parecem realmente ideias. Fazem compreender - daqui até ali... E no entanto deixam-me incerto. Incerto será a palavra... Quando isto está para vir, acho qualquer coisa de confuso ou difuso em mim. No meu ser formam-se lugares... enevoados, parecem lonjuras. Apanho na memória uma pergunta, uma questão qualquer... E meto-me nela a fundo. Conto grãos de areia... e, enquanto os vou vendo... - A dor crescente obriga-me a examiná-la. Penso nela! - Só espero pelo meu grito... e, mal o oiço - o objecto, o terrível objecto, faz-se pequeno, cada vez mais pequeno, furta-se à minha visão interior...»
Paul Valery
Italo Calvino, "Seis Propostas para o Próximo Milénio", Editorial Teorema, 2007
terça-feira, 23 de julho de 2019
Meu querido útero. Estamos de relações cortadas. És realmente um empata, um chato, aborreces, dois-me, enfraqueces-me e estou farta de ti. E ainda não sei quanto mais tempo vou ter que te aturar e aos teus amigalhaços cumplices, esses patifes dos ovários... Sinceramente, aquela a quem resolveste massacrar nos ultimos tempos.
sexta-feira, 12 de julho de 2019
quinta-feira, 11 de julho de 2019
sábado, 6 de julho de 2019
há chegadas que são como pedras a adquirirem alma. antecipam-se, como os sonhos que se abrem aos nossos olhos. em que tudo se resume ao eco do teu respirar em mim. das mãos, das tuas mãos finalmente nas minhas - en-tre-la-ça-das. como em trança se reduziu o nosso abraço.
há a memória dos sorrisos em que flutuámos nesses dias, leves com os corpos em água e sal. e lembro-me que existiu muito mais do passar das horas, quando o desejo e a vontade habitava os nossos dedos.
olha aqui as minhas mãos e a minha boca - disseste-me. traduzidas em palavras. cada uma delas costurada por mim, com o cuidado dos pontos. as mesmas que ando a despejar, uma a uma pelo silêncio, quando tudo se atrofia perante a tua ausência.
o sussurro macio do vento, dos poemas feitos com as sobras do desejo, no olhar a perder-se de vista nos pássaros a sobrevoar o rio. os segredos a subirem na curva ondulada do meu pescoço, sublimes., a rasgar-me em profunda melancolia.
ai e eu tenho tantas saudades, meu amor. dos teus beijos. no meu pescoço.
quinta-feira, 4 de julho de 2019
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