1 baiacu tem uma quantidade de veneno suficiente para matar 30 pessoas. Conheço quem o tenha mordido e o enterro do peixe foi triste e emotivo
terça-feira, 31 de julho de 2018
domingo, 29 de julho de 2018
a pele foi o tudo, pensou. e o nada - noite a olhar-me como se o mundo fosse o teu corpo - a ser palavras carregadas com o cheiro da memória. a desejar, a despir, a rasgar e amar, cheias de sexo, cheĩas de sangue.
a pele gasta-se, tal como as palavras. deverá ser lambida, com a língua que sabe os caminhos que se desenham nas veias. os lábios unidos na carne suspensa na tua espera. os dias a estremecerem por de dentro da pele.
e os corpos sabem onde se começam, sabem por onde começar. as mãos que se amarram a abraços , que se perdem no desejo, que se distraem com sorrisos
as mãos, as mãos que lambem a pele, e que desenham as palavras que entram dentro de mim.
a pele gasta-se, tal como as palavras. deverá ser lambida, com a língua que sabe os caminhos que se desenham nas veias. os lábios unidos na carne suspensa na tua espera. os dias a estremecerem por de dentro da pele.
e os corpos sabem onde se começam, sabem por onde começar. as mãos que se amarram a abraços , que se perdem no desejo, que se distraem com sorrisos
as mãos, as mãos que lambem a pele, e que desenham as palavras que entram dentro de mim.
sexta-feira, 27 de julho de 2018
terça-feira, 24 de julho de 2018
segunda-feira, 23 de julho de 2018
“Pep, The Cat-Murdering Dog” was a black Labrador Retriever admitted to Eastern State Penitentiary on August 12, 1924. Prison folklore tells us that Pennsylvania Governor Gifford Pinchot used his executive powers to sentence Pep to life without parole for killing his wife’s cherished cat. Prison records support this story: Pep’s inmate number (C-2559) is skipped in prison intake logs and inmate records.
He served the rest of his days in the penitentiary. His ghost is said to now haunt Eastern State. Reports say that in the night you can hear his dog tags jingling up and down the halls, and sometimes him scratching accompanied by a mournful howl.
He served the rest of his days in the penitentiary. His ghost is said to now haunt Eastern State. Reports say that in the night you can hear his dog tags jingling up and down the halls, and sometimes him scratching accompanied by a mournful howl.
i like my body when it is with your
body. It is so quite new a thing.
Muscles better and nerves more.
i like your body. i like what it does,
i like its hows. i like to feel the spine
of your body and its bones, and the trembling
-firm-smooth ness and which i will
again and again and again
kiss, i like kissing this and that of you,
i like, slowly stroking the, shocking fuzz
of your electric fur, and what-is-it comes
over parting flesh … And eyes big love-crumbs,
and possibly i like the thrill
of under me you so quite new
E.E. Cummings
23/07/2017
body. It is so quite new a thing.
Muscles better and nerves more.
i like your body. i like what it does,
i like its hows. i like to feel the spine
of your body and its bones, and the trembling
-firm-smooth ness and which i will
again and again and again
kiss, i like kissing this and that of you,
i like, slowly stroking the, shocking fuzz
of your electric fur, and what-is-it comes
over parting flesh … And eyes big love-crumbs,
and possibly i like the thrill
of under me you so quite new
E.E. Cummings
23/07/2017
sexta-feira, 20 de julho de 2018
Os Maias começa com uma descrição pormenorizada da casa de Família, O Ramalhete. Desde os azulejos ao tapete nada falta, tenho a ideia que é nesse capitulo que muitos alunos desistem, um capitulo inteirinho sem dragão, vampiros, lobisomens, feiticeiros ou mutantes.
Quanto à família, trata-se de Afonso da Maia, patriarca, e o seu neto, Carlos, o velhote cheio de bons princípios, para trás sabemos que o rico Afonso da maia esteve metido na Guerra entre liberais e Miguelistas, que se auto exilou em Inglaterra, com a sua ultra beata esposa e o seu franzino filho Pedro. Descurou a educação de Pedro e deixou que o mesmo fosse criado agarrado às saias da mãe, saindo um ser inseguro cheio de ideias parvas.
A mais parva das ideias foi apaixonar-se por Maria Monforte, filha de um negreiro, bonita como o raio, mas uma estoura-vergas, o acto de rebeldia de Pedro foi exigir a herança e casar contra a vontade de Afonso. Pai e filho não se falaram um porradão de tempo!
Durante o casamento Pedro enche a mulher de luxos, ela tem uma filha linda de morrer, Eduarda, estoira o dinheiro em vestidos e joias, tem um filho, Carlos, apaixona-se por um nobre de pechisbeque, com quem foge, levando a miúda, porque o Carlitos ainda usava fraldas.
Afonso recebe o filho e o neto, Pedro dá um tiro na mona, morre e o avô dedica-se a criar o neto longe de sacristias, com professor privado inglês e aulas de ginástica.
Carlos forma-se em medicina, em Coimbra, a gastar do bem bom do velhote, a ter amantes e ser o moço mais cobiçado das queimas das fitas.
No Ramalhete, começam outro tipo de vida, Carlos é bonito, rico, de bom gosto, ainda tem uma aventura com uma senhora Condessa, mas fica perdido quando se cruza com uma mulher linda, aparentemente casada com um brasileiro cheio de papel, com uma filha adorável, um cão de raça e uma perceptora inglesa.
Acabam por se conhecer, apaixonar, dar umas quecas enquanto o brasileiro estava fora em negócios, quando este volta diz a Carlos que não é casado com a moça, é só amante, a filha não é dele, é de outro, e que lhe deixa os restos.
Ela conta-lhe a vida dela, uma coisa para três ou quatro novelas, de fazer chorar as pedras da calçada, Carlos aluga uma Quinta nos arredores de Lisboa, nos Olivais, e está disposto a amaciar o avô e casar com ela.
Uma noite cruzam-se com o poeta louco, Alencar, que tem fatos da Modalfa a fingir Armani, escreve versos da treta e a barba mal tratada. Mas foi amigo de Pedro da Maia e da sua mulher e entrega a Carlos uma caixa de charutos que a mãe deixou com uma serie de tralha e diz eu fica muito feliz por Carlos se ter reconciliado com a irmã…
A partir daí é uma treta, Carlos abana e não sabe se vá dizer á amante que é mano e deixar de dar quecas ou antes pelo contrário, até se decidir dá umas quecas com ela.
O velhote sabe de tudo e pumba morre com o desgosto de ver os netos em tal pouca vergonha, Carlos confessa á moça que é seu irmão, Eduarda e Carlos separam-se, ela recebe a parte dela da herança e vai para o estrangeiro, Carlos fica em Lisboa.
No final do livro Carlos e o seu amigo Ega decidem que não vale correr para nada neste mundo, depois correm para apanhar o elétrico.
Ana Porfírio
Quanto à família, trata-se de Afonso da Maia, patriarca, e o seu neto, Carlos, o velhote cheio de bons princípios, para trás sabemos que o rico Afonso da maia esteve metido na Guerra entre liberais e Miguelistas, que se auto exilou em Inglaterra, com a sua ultra beata esposa e o seu franzino filho Pedro. Descurou a educação de Pedro e deixou que o mesmo fosse criado agarrado às saias da mãe, saindo um ser inseguro cheio de ideias parvas.
A mais parva das ideias foi apaixonar-se por Maria Monforte, filha de um negreiro, bonita como o raio, mas uma estoura-vergas, o acto de rebeldia de Pedro foi exigir a herança e casar contra a vontade de Afonso. Pai e filho não se falaram um porradão de tempo!
Durante o casamento Pedro enche a mulher de luxos, ela tem uma filha linda de morrer, Eduarda, estoira o dinheiro em vestidos e joias, tem um filho, Carlos, apaixona-se por um nobre de pechisbeque, com quem foge, levando a miúda, porque o Carlitos ainda usava fraldas.
Afonso recebe o filho e o neto, Pedro dá um tiro na mona, morre e o avô dedica-se a criar o neto longe de sacristias, com professor privado inglês e aulas de ginástica.
Carlos forma-se em medicina, em Coimbra, a gastar do bem bom do velhote, a ter amantes e ser o moço mais cobiçado das queimas das fitas.
No Ramalhete, começam outro tipo de vida, Carlos é bonito, rico, de bom gosto, ainda tem uma aventura com uma senhora Condessa, mas fica perdido quando se cruza com uma mulher linda, aparentemente casada com um brasileiro cheio de papel, com uma filha adorável, um cão de raça e uma perceptora inglesa.
Acabam por se conhecer, apaixonar, dar umas quecas enquanto o brasileiro estava fora em negócios, quando este volta diz a Carlos que não é casado com a moça, é só amante, a filha não é dele, é de outro, e que lhe deixa os restos.
Ela conta-lhe a vida dela, uma coisa para três ou quatro novelas, de fazer chorar as pedras da calçada, Carlos aluga uma Quinta nos arredores de Lisboa, nos Olivais, e está disposto a amaciar o avô e casar com ela.
Uma noite cruzam-se com o poeta louco, Alencar, que tem fatos da Modalfa a fingir Armani, escreve versos da treta e a barba mal tratada. Mas foi amigo de Pedro da Maia e da sua mulher e entrega a Carlos uma caixa de charutos que a mãe deixou com uma serie de tralha e diz eu fica muito feliz por Carlos se ter reconciliado com a irmã…
A partir daí é uma treta, Carlos abana e não sabe se vá dizer á amante que é mano e deixar de dar quecas ou antes pelo contrário, até se decidir dá umas quecas com ela.
O velhote sabe de tudo e pumba morre com o desgosto de ver os netos em tal pouca vergonha, Carlos confessa á moça que é seu irmão, Eduarda e Carlos separam-se, ela recebe a parte dela da herança e vai para o estrangeiro, Carlos fica em Lisboa.
No final do livro Carlos e o seu amigo Ega decidem que não vale correr para nada neste mundo, depois correm para apanhar o elétrico.
Ana Porfírio

quinta-feira, 19 de julho de 2018
desconstruir, um poema. na pele. à luz.
{depois do poema, o amor. depois do fechar das pálpebras, o nascer do beijo}
ouviste? é o calor que me persiste na garganta, o calor de um corpo inteiro.
lembras-te? das palavras que dizem que deverias adormecer na doçura dos cabelos ao encontro dos meus dedos.
sabes? percorro a vida na ideia de que és a minha certeza, que sou a tua.
ouviste? deita-me nos teus lábios, enquanto o tempo se faz de novo lá atrás, o amor se desconstrói, e a minha pele se veste, lentamente, da tua.
{depois do poema, o amor. depois do fechar das pálpebras, o nascer do beijo}
ouviste? é o calor que me persiste na garganta, o calor de um corpo inteiro.
lembras-te? das palavras que dizem que deverias adormecer na doçura dos cabelos ao encontro dos meus dedos.
sabes? percorro a vida na ideia de que és a minha certeza, que sou a tua.
ouviste? deita-me nos teus lábios, enquanto o tempo se faz de novo lá atrás, o amor se desconstrói, e a minha pele se veste, lentamente, da tua.
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