sexta-feira, 2 de novembro de 2018
Deixas
rasto no meu peito durante horas. Dou
com cabelos teus colados, dias depois, à roupa do meu sorriso.
Encontro
nos vincos mais longínquos dos meus dedos o cheiro parado do teu olhar tão móvel.
Procuro-te
nas esquinas dos instantes que passam.
Reconheço-te
no vinco que a ternura deixa na carne do peito domeu olhar, aquele que deito para longe, para outra esquina,de onde recebo mensagens de outro olhar igualmente teu, igualmente meu, reflectido na montra de uma loja do nosso sono.
Manuel Cintra
Subscrever:
Mensagens (Atom)