sabes, tenho tanto para dizer. é o meu corpo coração que entre uma batida e a outra altera o ritmo. deixou de aprender a respirar o sangue, de emoção em emoção nas veias mal dormidas. sabe o seu caminho, o turbilhão das extrassístoles a castigarem o compasso da monotonia.
sabes, a pele que o veste com os silêncios desmesurados que se instalam, tem um mundo a rodar para dentro - a rota redireccionada, o rumo preciso na mesma medida do comprimento de onda do que é suposto.
Amo-te. alimento-me da solidão que se abraça em desígnios. estou presa por uma fímbria invisível a um casulo de vulnerabilidade. a felicidade é no regresso dos dias, percorrer com os meus dedos dormentes, pequenos precipícios da tua pele - milímetro a milímetro.
abraçar o destino e esperar o teu beijo, no exacto momento entre o passado e o futuro.