quinta-feira, 26 de outubro de 2017


livrai-me, senhor,
de tudo o que fôr
vazio de amor.

Carlos Queiroz
.
uma vez, era uma vez. uma história cheia de regressos. dum corpo aprisionado na nudez, pela inquietação que o percorre em palavras a ecoar na dor.

[ trezentos e sessenta e cinco tempestades, beijos e sonhos guardados nas mãos, a gritar que há toda uma vida para viver ]
 
são estes os dias
em que as marés são como o apressar duma enchente.
em que o coração dissonante me salta pela boca. 
em que fico a observar os ventos que me nascem dos dedos, e lutam para não perder a memória de todos os dias onde te guardo nos lugares felizes.

[tudo sem respirar]

depois passo as mãos pelo cabelo, com os dedos ainda manchados pela ausência.
é quando suspiro fundo e faço novamente pergunta:
então e o amor?

- uma vez. era uma vez -