quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Chegas à rua e é isto: mesmo modelo e mesma cor. Sem veres a matrícula diriges-te para o mais sujo. Voilá!
Já devorei carne pela carne, só pelo desejar , só pela lascívia e desprendimento. A libertinagem no feminino ( com o outro género acontecerá o mesmo), ter um corpo e ser possuída por um outro corpo. Um acto, dois actos, o espasmo e cada um para o seu lado. Nada de enredos ou compromissos, nada de teias (prefiro as viúva-negra) ou sentimentos profundos. A carne come-se, mastiga-se como num inexistente guião pornográfico ou num épico eyes wide shut. Abre e fecha (close up), fecha e abre … orgasmos, se plural existir, sem diferença entre os novos e os velhos. Já o amor… “ o amor é fodido”, passo a citação sonante a fast-food … fode-se com sentimento e sem sentimento somos projectados do trapézio para as sarjetas da dor e do abandono. Há quem no entretanto se ate (aqui a expressão seria boundage com dominação)…case ou descase, com casa ( toda a tralha inerente) e fiadores para empréstimo. Corações a aspirantes de uma vida a dois ou a três… a quatro já exige balanço de custas (natalidade sob controle). Ajuízem-me melhor… amo mas não sou amada. Sofro da invisibilidade que a idade opera. Amora Silvestre