domingo, 5 de novembro de 2017

entre o sempre e o agora, a palavra (a transbordar de ti) mordida entre os lençóis.
é a vontade, a vontade do correr da água, do desvanecer do corpo que se ergue, da boca que se leva a outra boca, do tempo que jurava voar quando solto dos teus lábios.
entre o sempre e o agora, o porém, que nos traz hoje os dias quentes da procura, os dias em que nos revisitamos com uma nitidez que nos fere como fogo.
e de repente já não sei se somos nós que olhamos os afectos enraizados, se é o mundo que se propaga no teu abraço que é onde me reconheço.

e abraçámos os dedos - memórias de tempos de silêncio.