entre o sempre e o agora,
a
palavra
[a transbordar de ti]
mordida entre os lençóis.
é a vontade, a vontade do correr da água, do desvanecer do corpo que se ergue, da boca que se leva à outra boca, do tempo a jurar voar quando o solto dos teus lábios.
entre o sempre e o agora o porém. que nos traz hoje os dias quentes da procura, os dias em que nos revisitamos com uma nitidez, a ferir-nos como fogo.
e de repente já não sei se somos nós que olhamos os afectos enraízados, se é o mundo que se propaga no teu abraço, que é onde me reconheço.
e abraçamos os dedos - memórias de tempos de silêncios
28/08/2018
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