sábado, 4 de novembro de 2017

... tudo começou, em Janeiro - o bater veloz de um coração. a poesia que esvoaça no vento e que se ama. a minha voz a inventar a insignificância da arritmia das palavras.
surgiste e escreveste a tua língua, na minha pele.
disse-te: era uma vez, o respirar dos dias

[ por dentro. no avesso do corpo],

marcados pela vertigem da saudade.
sorriste e abriste os braços

[o tremor de dentro do mundo a escrever as horas nos teus olhos].

disseste-me: era uma vez...

e em silêncio deste um nome ao sonho, a abrigar todas as palavras que revestem a minha imaginação.

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(HardRock Café, Lx, 14-01-2017)