segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018


O amor assusta o medo. As palavras que te digo vêm de longe. Passam por mim como se não fosse ninguém. São flechas a rasgar o ar em volta. As palavras que te escrevo são tuas muito antes de serem minhas. És tu que as escreves em mim. Por debaixo da pele.”

Pedro Paixão

coração disléxico
para devolver ao corpo dias antigos
há quem olhe para a pele e leia mapas
(...)

e tu não entendes que a tua imagem está
presa nos limites das minhas palavras

explico-te então as repetições onde lentamente
envelheci no teu corpo

Maria  Lolita Sousa

Sex education class in 1929

escrever o meu peito no teu,  em tudo o que importa sentir

"Esta noite tive um sonho; conheci um homem que tinha o mar no lugar do coração, e quando sentia o seu corpo contra o meu, ouvia lá fora a fúria do mar."

Al Berto


'Endless Drawing' / 2013 / 11.7 x 3.8 m / wall installation, laserprint on paper, 178 sheets A3 / Installation at Bridges 2013, Haus 34A, Bad Bentheim D

http://www.batiasuter.org/
admitir que não sei do esquecimento, do coração que se asfixia por dentro da memória


há muitos poucos corpos que nos ensinam a voar
Foram apenas 5 minutos de distração para a D. Mel armar-se em lateira: na falta de comida no saco do lixo, decidiu vestir um modelito sustentavel da Mango Fall Spring-Summer 2018. A dona achou que lhe ficava mal e ela não pode com a vergonha!





para além do óbvio - o amor em estado líquido
dá-me dias
que tenho a visceralidade das coisas a desprender-se
da memória, como a fome a crescer tépida
contra a chuva. tenho as sílabas aflitas e os olhos
esquirolados, por isso,
dá-me braços
e uma noite onde dormir.

(blog tarteerabanet)