domingo, 29 de julho de 2018

a pele foi o tudo, pensou. e o nada -  noite a olhar-me como se o mundo fosse o teu corpo - a ser palavras carregadas com o cheiro  da memória. a desejar, a despir, a rasgar e amar, cheias de sexo, cheĩas de sangue.
a pele gasta-se, tal como as palavras. deverá ser lambida, com a língua que sabe os caminhos que se desenham nas veias. os lábios unidos na carne suspensa na tua espera. os dias a estremecerem por de dentro da pele.
e os corpos sabem onde se começam, sabem por onde começar. as mãos que se amarram a abraços , que se perdem no desejo, que se distraem com sorrisos
as mãos, as mãos que lambem a pele, e que desenham as palavras que entram dentro de mim.
sweet lips are made of kisses