segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

Na fronteira da pele não há cães polícias. Era isso mesmo. Na fronteira da pele. Onde eu acabo e tu começas. Onde eu passo de pecado em pecado. Deixo tudo e atravesso. Passo a linha e perco a calma. Na fronteira da pele não há polícia, não há controle. Salman Rushdie
O corpo dividido em duas partes fechadas à chave uma na outra, avanço num duplo coração como se fosse ao mesmo tempo num só barco por dois rios. Luís Miguel Nava
escreveu-me um beijo e pediu ao coração independente que não deixasse de bater. prometo que não deixo. Amália, Coração Independente
digo que faço mapas das lágrimas mais do que água é inventar paisagens onde te faço memória qualquer coisa entre o olhar e o vazio de dizer palavras contadas pelos dedos Maria Lolita Sousa
desfio silenciosamente palavras, com estes dedos que escrevem. fecham-se as pálpebras sobre o mundo, onde o coração acorda e regresso às profundeza da terra - as raízes cantam a melancolia, que só as feridas acalma. sussurra o arvoredo, lá em cima, a brisa que me diz que quando as tuas mãos procuram as minhas, o tempo segue o tempo e pois é ele - o tempo - que insistirá sempre em trazer-nos de volta.