quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Planet Earth by Marcus Carlsson
Histórias do Marcelo (5 anos) Aquele momento em que te lembras da expressão do rosto do teu filho a olhar os dois riscos que lhe fizeste no peito, enquanto dormia, convencido que eram os pêlos a crescerem por ter comido batatas na véspera ao jantar.
Vá. Fale mal do mundo enquanto eu faço versos. Investigue a vida alheia. Faça calúnias. Invente histórias em que você não está. Vá! Mas vá logo! O que te espera de si? Flores, perdão... Ou um sentimento barato pra se enfeitar? Vá. Fale mal de mim enquanto eu faço versos. Queixe-se da vida. Culpe o outro. Beba algum veneno forte. Engula uma verdade sem rir. Insulte alguém feliz. Meu coração tão leve - daqui - te sente: Tanta falta de amor por si mesmo, porquê? Como te escreves se nem sabes servir? Queria te dizer, me desculpa a audácia Do mundo, a gente pouco leva: O que viu ali. O que sentiu. O que leu... O que fez por alguém e por si mesmo. O que foi, quase por engano. Da vida, meu amigo, a gente só leva o coração. E o meu é poesia. Música. E uma leve descrença no ser humano que eu não posso evitar. E o seu?(...) Vá! Cuide-se. Mas cuide da sua vida. Sempre é tempo de mudar e se fazer feliz. Fernanda Mello
todos os gestos do meu corpo e voz para fazer de mim a oferenda, o ramo que o vento abandona no umbral. Alejandra Pizarnik
..."E já não sei como posso imaginar por baixo da cabeça por baixo. Das traves rijas do céu, quando então. Não sei como não posso fechar duas conchas, essa pérola, essa dureza preciosa e feroz envolta pelo frio, quando já não sei pensar. Irrespiravelmente como então. " Herberto Hélder
diz que está despachada - quando sais do carro e vês a tua triste figura
"hoje roubei todas as rosas dos jardins e cheguei ao pé de ti de mãos vazias." Eugénio de Andrade poema para o meu amor doente as mãos e os frutos 1948
nowhere is [also] a place [in people's heart]