quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

é súbita, a tonalidade de silêncios. o tempo que fica entre o querer e o estender das mãos. o lugar em que se deixam cair os sonetos desconexos - as mãos, sem saber onde se esconder do prazer, nestes dias a parecer uma enorme sala no debruçar das horas. de novo, para não ensaiar palavras, há o lugar dos meus dedos em ti - o tempo em que te digo que as mãos se merecem e os lábios se pertencem [como os olhares] o tempo por detrás das palavras e que se torna insuportável, os dias a adormecer em maré vazia.