segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Disseste-me: ainda estás a tempo de fugir. sorri e, abrindo as mãos, ofereci-me a ti. amar-te é perder-me, disse-te, é encontrar-me no teu abraço, é desistir dos silêncios que me têm povoado os monossílabos que não dizem mar.

Disseste-me: se respirares o meu nome, transponho todos esses silêncios. olhei-te, e a três passos de ti disse-te, com os olhos no vento, que o teu sorriso desagua nas minhas mãos neste amanhecer contínuo.

Disseste-me: não sei onde irei guardar os meus segredos, mas preciso da tua pele para escrever um poema de amor.




microscopia de um floco de neve