segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

disseste-me: ainda estás a tempo de fugir. sorri e, abrindo as mãos, ofereci-me a ti.

[amar-te é perder-me, disse-te, é encontrar-me no teu abraço, é desistir dos silêncios que me têm povoado os monossílabos que não dizem mar.]

disseste-me: se respirares o meu nome, transponho todos esses silêncios.

[olhei-te, e a três passos de ti disse-te, com os olhos no vento, que o teu sorriso desagua nas minhas mãos neste amanhecer contínuo.]

disseste-me: não sei onde irei guardar os meus segredos, mas preciso da tua pele para escrever um poema de amor.