quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Cenas que me encanitam os nervos l - pessoas que durante as consultas "descascam" as unhas de gel e vão deitando os pedaços para o chão. Cenas que me encanitam os nervos II - pessoas que passam a mão ao longo dos seus bicharocos e atiram os tufos para o chão. Cenas que me encanitam os nervos III - pessoas que teimam em passar para a zona onde tenho o material para trabalhar e que é do outro lado da marquesa. Coisas que me encanitam os nervos IV - pessoas que catam pulgas e carraças nos seus cães e atiram para o chão da sala de espera. Cenas que me encanitam os nervos V - pessoas que teimam em usar pulseiras metálicas que batem constantemente na marquesa durante a consulta.
I bet she already had her coffee. How about you ?
precisava falar-te ao ouvido, da tua sombra, do calor do teu corpo sobre o meu para me aliviar a fadiga que me azula a memória, nestes momentos de ausência
José Carlos Barros, O Uso dos Venenos
Weapons. What's instagram.com/kerbyrosanes
[antes de entrares] existe um tempo de lágrimas que não deverão ser faladas. doem-me as noites em que o avesso da história dos teus braços se ausenta. consentimos na persistência da memória. somamos à vida a ternura do mar que começa. respira-se com outra cadência: são os dias a encolher nas mãos, é a doçura das palavras presas ao rodapé do teu corpo. o mundo que acontece dentro dos versos, é o teu rosto encostado na expressão das noites, é toda uma vida construída nas ruas que nos percorrem. novamente, preciso de uma pele para escrever que silencio a vontade pelos recantos da vida.
brainless synapses
RESPIRAR PELO CORAÇÃO Pierre Reverdy Tradução de Hugo Pinto Santos Língua Morta (Novembro, 2013) De Vasco Gato
"Roda, roda e vira, solta a roda e vem Me passaram a mão na bunda e ainda não comi ninguém"
O amor assemelha-se a um exercício de natação (...): é como se o outro fosse o próprio mar que nos leva. Lou Andreas-Salomé