quinta-feira, 9 de novembro de 2017



o que faço é sonhar pelos poros da pele, quando o teu sorriso me desagua nas mãos
O Movember (Moustache + November) é um movimento que começou em 2003, na Austrália e expandiu-se pelo mundo, inclusive nos Estados Unidos e Reino Unido. Durante o mês de Novembro de cada ano, o Movember é responsável pelo surgimento de bigodes em milhares de rostos de homens em todo o mundo. Com os seus bigodes, buscam consciencializar e chamar a atenção sobre a saúde dos homens, especialmente sobre o câncer de próstata e a depressão masculina e para arrecadar fundos e doações para a luta contra o cancro da próstata. Até o ano passado, já foram arrecadados fundos em valor considerável, repassados a instituições e fundações ligadas ao tratamento do cancro, pacientes e pesquisas sobre a doença.

"To Change the Face of Men's Health"

Quer participar? Basta inscrever-se no site da fundação Movember (http://www.movember.com/) e deixar o bigode crescer, apenas o bigode, até o fim do mês, como se fosse um símbolo da saúde masculina.

Durante este período, pode colocar fotos do processo e arrecadar doações de qualquer parte do mundo. Participe!
Não importa o país ou cidade, o Movember continuará a trabalhar para mudar hábitos e atitudes que os homens têm sobre sua saúde, para educá-los sobre os riscos de saúde que enfrentam, incentivando a procurar o conhecimento, aumentando assim as chances de diagnóstico precoce, e tratamento eficaz.

#praise_the_onde
#Movember
#mês azul


quarta-feira, 8 de novembro de 2017


in Contos do Gin-Tonic
de cada vez que digo: há um poema nas palavras que não se importaram em pensar-te enquanto te espero. que escrevem o teu nome. há um poema nos labirintos traçados, devagar, sobre a pele. no desmembrar dos silêncio. nos olhos como margens do mar em que nos afogamos.

[são palavras que sopras entre as pálpebras?]

ainda há pouco dizia:  a boca que deixas cair tão cheia de vento. que se despenha no meu peito. a boca onde me deposito, abandonada, como um pássaro de fogo.

 [os dedos alinhados, o ar da tua boca quando te respirava]

queria ter dito: entre nós o tempo desenha-se assim, devagar. sem o nome da pressa. inverte-se o gesto do peito rasgado pela vida. paramos de falar, o ar a faltar... é o mar onde cabem todos os caminhos dos sonhos. morro-me no grito quando as tuas mãos queimam o sangue, quando se passeiam em mim dessa maneira. sinto-o nas veias, o precipício do corpo urgente - pela carne e pelo peso.

 [demora as mãos um pouco mais]


e é sempre a primeira vez que os gestos acontecem, a sul dos olhos que descobrem.


segunda-feira, 6 de novembro de 2017

vou de encontro ao teu prazer. demoro-me no teu corpo, onde me enuncio para lá dos teus dedos - és o meu lugar encontrado, neste tempo sem tempo.
sorrio-te: a minha boca, a desenhar os pensamentos.
sussurras: com os dedos que me desenham o corpo, longos braços de rio, que alcançam as minhas margens.

[a minha boca a saber a ti, a tua boca a provar-se em mim]

amamos com a pele, com as entranhas e com as vísceras e com todo o sangue que nos corre nas veias.

e é assim, devagar devagarinho  - entras-me.




amar em tempo de poesia, é tudo conjugar - do hoje para amanhã, da esperança em suspenso para vida, do medo para o encantamento. a imprevisibilidade absoluta do movimento dos corpos
sabes, amar é cada abraço que contém em si mais beleza do que toda a filosofia do mundo. foi o teu que te amarrou à minha vida para sempre. e com ele todos os fios de escuridão do mundo desapareceram.