segunda-feira, 27 de novembro de 2017


coisas que fazem o coração bater mais depressa

domingo, 26 de novembro de 2017

o mar... marés de poesia, silêncios com sabor a sal.


amar em tempo de poesia, é tudo conjugar - do hoje para amanhã, da esperança em suspenso para vida, do medo para o encantamento.
sabes, amar é cada abraço que contém em si mais beleza do que toda a filosofia do mundo. foi o teu que te amarrou à minha vida para sempre. e com ele todos os fios de escuridão do mundo desapareceram.
sabes, amar é dar-te a mão e regressar contigo onde pertenço, algures em mim, na imprevisibilidade absoluta do movimento dos corpos...
amar em tempo de poesia é morder a doçura das palavras que me escreveste na pele, que é como quem diz: -"gosto de ti"!
guardo em mim o silêncio do teu nome e das tuas certezas, e os teus sonhos no espaço dos meus.
foge-se no silêncio dos dias que não se aceitam em cada olhar 

{ a respiração na pele a fazer de nós prisioneiros}

no lado duro da dor, 
despe-se o verde permeável dos olhos
rasga-se a pele em palavras dobradas
vomita-se poesia a chamar-se ausência

{ é a espera e a demora}

rouba-se o coração ao fechar das pálpebras
ao desalinho das palavras que não se esperam

{ as mãos, a adormecerem em cada sílaba}

há dias em que não viajo para a tranquilidade
há dias em que me resguardo onde não exista quem me traduza

. porque já não me basta o meu reflexo
"Ó paizinho que não consigo"










sábado, 25 de novembro de 2017

era uma vez duas palavras que são como lugares mal situados: "estás presa", diziam-lhe - "deixaste o coração muito para lá dos dedos". 

[no corpo crescem segredos das horas que constrangem. a rasgar as certezas quando as tuas mãos se agitam em saudade no meu peito.]

as palavras, à solta, que são os tons da tua voz que ainda não sei como escrever, nesta morada sem tempo. persistir entre a realidade dos dias e a promessa do mar imenso - a ânsia das marés, a escrever que nada importa. 

e que tudo o que existe se suspende na poesia da tua boca.