digo - o amor. digo - a pele por que me apaixono, a turbulência do corpo que respiro.
digo - palavras, o poema em que me desnudo. o encantamento dos gestos em que me perco.
é deixar em ti muito mais do que aquilo que permito perceber.
quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018
quarta-feira, 31 de janeiro de 2018
sabes, há alturas em que o meu peito se comprime. é o meu corpo a reagir à lembrança de te sentir deitado sobre o meu lado esquerdo, de te descobrir para lá das palavras
[o meu peito, calibrado de certezas]
de que me levarias para tão longe que nunca saberia como regressar.
sabes, respirar por vezes é sufocante. como se violentamente o amor nos arrancasse o ar, nestas esperas reinventadas, onde nascem medos que nos acordam em ferida. sabes, as palavras que amam são as que rasgam. e tudo o que existe se suspende nesta noite que rompe em silêncios. onde soletro lentamente, com o meu corpo, o teu nome.
[o meu peito, calibrado de certezas]
de que me levarias para tão longe que nunca saberia como regressar.
sabes, respirar por vezes é sufocante. como se violentamente o amor nos arrancasse o ar, nestas esperas reinventadas, onde nascem medos que nos acordam em ferida. sabes, as palavras que amam são as que rasgam. e tudo o que existe se suspende nesta noite que rompe em silêncios. onde soletro lentamente, com o meu corpo, o teu nome.
terça-feira, 30 de janeiro de 2018
não há previsão para um tempo a escrever-se lento. o sobressalto translúcido da palavra medo. quando os dias desaguam no choro, exaustos de exaltação que me vem por não saber o que fazer disto.
devias estar aqui, rente à minha pele, a cabeça encostada no meu peito - a paixão do lado esquerdo.
e com todas as forças que os nossos dedos conseguem. a inclinar os corpos para o voo rasante.
[tum-tum/tum-tum, o frémito cardíaco acelerado pelo teu sorriso]
viver a ternura na dimensão do poema. o tempo,
o
tempo
a
escrever
-se
lento,
quando sou tudo e nada, quando o amanhã é o futuro onde estaremos mais próximos. quando me lanço na tua pele a saber das horas perdidas e da dor que significam pontos cardeais e azimutes.
não moro nas palavras que não sinto, quando tu vens a entrar no poema e eu passo o teu nome da minha boca para os meus olhos. quando dou a mão ao espaço que corre para nós.
contigo sou completa.
sou
céu
e
rio
sou o choro de todas as palavras que nos chegam fora do tempo. sou o tremor que nos invade o desejo, quando desapareces entre as linhas.
[a boca a escorregar no silêncio. o coração a saltar no peito]
todos os lugares são demasiado longe de ti
e eu quero ficar perto.
devias estar aqui, rente à minha pele, a cabeça encostada no meu peito - a paixão do lado esquerdo.
e com todas as forças que os nossos dedos conseguem. a inclinar os corpos para o voo rasante.
[tum-tum/tum-tum, o frémito cardíaco acelerado pelo teu sorriso]
viver a ternura na dimensão do poema. o tempo,
o
tempo
a
escrever
-se
lento,
quando sou tudo e nada, quando o amanhã é o futuro onde estaremos mais próximos. quando me lanço na tua pele a saber das horas perdidas e da dor que significam pontos cardeais e azimutes.
não moro nas palavras que não sinto, quando tu vens a entrar no poema e eu passo o teu nome da minha boca para os meus olhos. quando dou a mão ao espaço que corre para nós.
contigo sou completa.
sou
céu
e
rio
sou o choro de todas as palavras que nos chegam fora do tempo. sou o tremor que nos invade o desejo, quando desapareces entre as linhas.
[a boca a escorregar no silêncio. o coração a saltar no peito]
todos os lugares são demasiado longe de ti
e eu quero ficar perto.
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