quarta-feira, 7 de março de 2018


vou exercitar o silêncio
[fala-se demais]
Lembro-te: alguém no amor precisa de estar nu para mostrar ao outro que está demasiado vestido.

Eduardo White

Fala-me tu do Amor e dessa coisa esquisita que é o tempo com quatro dedos de distância entre o ardor das línguas e a asfixia dos corpos.

Fala-me tu do Amor e desse desejo que arrasta a proximidade que anula todos os intervalos em pequenas existências que de tão insignificantes desaparecem numa doçura e amargura.

Conta-me do constante faz e refaz, de ressuscitar e morrer, de adormecer e sonhar, do conforto da luz dos dias na realidade que nos mata. Porque do Amor também se morre e também se vive, como alimentação programada às calorias necessárias para respondermos.

Al Berto

terça-feira, 6 de março de 2018



。Dioptase specimen from the Tsumeb Mine
Ana Caeiro ( blog _ do lado esquerdo)

D&G



Eugénio de Andrade