estremeço desde o princípio do meu rosto
desde o momento em que sorri e me sorriram
e é nesse lugar ínfimo que suspendo todas as palavras
que fecho os olhos e sinto a frescura de todas as águas
o oceano que cessa e atende o esvoaçar da primavera
é a primeira primavera de todos os outonos
é aqui que em silêncio se bordam os calendários
dias entre dias e sobre dias e as memórias que escapam
e não mais se alcançam se não nos tornamos menores
– no futuro não há esquecimento nem segredos
cada coração guarda apenas o que for mais comum
Vasco Gato
terça-feira, 20 de março de 2018
segunda-feira, 19 de março de 2018
não moro nas palavras que não sinto, quando tu vens a entrar no poema e eu passo o teu nome da minha boca para os meus olhos. quando dou a mão ao espaço que corre para nós.
contigo sou completa. sou céu e rio. sou o choro de todas as palavras que nos chegam fora do tempo. sou o tremor que nos invade o desejo, quando desapareces entre as linhas.
[a boca a escorregar no silêncio. o coração a saltar no peito]
todos os lugares são demasiado longe de ti
e eu quero ficar perto.
(19 de Março de 2017)
contigo sou completa. sou céu e rio. sou o choro de todas as palavras que nos chegam fora do tempo. sou o tremor que nos invade o desejo, quando desapareces entre as linhas.
[a boca a escorregar no silêncio. o coração a saltar no peito]
todos os lugares são demasiado longe de ti
e eu quero ficar perto.
(19 de Março de 2017)
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