procura-se companheira/o
para relacionamento poético sério.
apenas se exige que saiba dizer que o surrealismo
é coisa para ter morrido no século xx.
- david teles pereira -
(recorte de um anúncio de jornal)
sábado, 24 de março de 2018
...É assim o mar. Vou aprendendo com as ondas
a desfazer-me em espuma. Há sempre uma gaivota
que grita quando estou perto, sempre uma asa
entre o céu e o chão da casa. Mas nada me pertence,
nem as palavras com que cimento as horas.
Talvez o amor seja uma pequena diferença entre fusos
horários (...) que só existe
no fundo da pele. Mas aqui onde não sou
o que me funda é a certeza que existes.
Rosa Alice Branco
a desfazer-me em espuma. Há sempre uma gaivota
que grita quando estou perto, sempre uma asa
entre o céu e o chão da casa. Mas nada me pertence,
nem as palavras com que cimento as horas.
Talvez o amor seja uma pequena diferença entre fusos
horários (...) que só existe
no fundo da pele. Mas aqui onde não sou
o que me funda é a certeza que existes.
Rosa Alice Branco
Nesta brisa quase suave
de plantas já anoitecidas
quase te toco entre as regas,
e entristeço.
A tua ausência é tão real
como os vastos campos de girassóis
secos, envelhecidos, quase mortos.
Alugo a voz e a expressão
a par de todos os espaços
deste lugar que se inicia.
Tudo isto é simples:
tenho o coração desarrumado.
Vem.
Filipa Leal
de plantas já anoitecidas
quase te toco entre as regas,
e entristeço.
A tua ausência é tão real
como os vastos campos de girassóis
secos, envelhecidos, quase mortos.
Alugo a voz e a expressão
a par de todos os espaços
deste lugar que se inicia.
Tudo isto é simples:
tenho o coração desarrumado.
Vem.
Filipa Leal
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