quarta-feira, 3 de abril de 2019

Fluorite / Riemvasmaak, Kakamas

segunda-feira, 1 de abril de 2019

Não sei se respondo ou se pergunto. Sou uma voz que nasceu na penumbra do vazio. Estou um pouco ébria e estou crescendo numa pedra. Não tenho a sabedoria do mel ou a do vinho. De súbito, ergo-me como uma torre de sombra fulgurante. A minha tristeza é a da sede e a da chama. Com esta pequena centelha quero incendiar o silêncio. O que eu amo não sei. Amo. Amo em total abandono. Sinto a minha boca dentro das árvores e de uma oculta nascente. Indecisa e ardente, algo ainda não é flor em mim. Não estou perdida, estou entre o vento e o olvido. Quero conhecer a minha nudez e ser o azul da presença. Não sou a destruição cega nem a esperança impossível. Sou alguém que espera ser aberto por uma palavra. António Ramos Rosa
Francis Baker:my black heart I e II, Mixed Media Heart, Bandegheart
Em todos os lugares... faltas tu. [onde me doem os sorrisos e as lágrimas, onde me dói debaixo da pele] Quando te encontrar, o que faço ao hábito de esperar por ti?

domingo, 31 de março de 2019

habitar. fora do corpo, fora do peito - onde o vento corre.

sábado, 30 de março de 2019

sem te saber perguntar pela ausência, descoses palavras na melodia dum instante. não te iria dizer que me provocas tempestades que se entranham nas crateras da pele.

sexta-feira, 29 de março de 2019

Estendeu os braços carinhosamente e avançou, de mãos abertas e cheias de ternura. - És tu Ernesto, meu amor? Não era. Era o Bernardo. Isso não os impediu de terem muitos meninos e não serem felizes. É o que faz a miopia. Mário-Henrique Leiria