segunda-feira, 8 de abril de 2019

quartz crystals
Histórias do Marcelo filho ( memória de 8 de Abril de 2016) O Marcelo, que está no 2• ano do 1• ciclo, tem de escrever uma composição sobre um piquenique. Há uma série de palavras que tem que usar. Um dos problemas dos miúdos no espectro do autismo é o imaginário. Chego ao ATL e as queixas eram as mesmas para todos. Frases sem nexo e nada de composição. Sento-me com ele e faço-lhe meia dúzia de perguntas. Inventa a Ana e o João ( não fala dele), a história desenrola-se com uma facilidade e empanca nas palavras "divertida" e "pedra". Solta uma gargalhada e remata com " e seria a tarde mais divertida de todas, se a Ana não tivesse tropeçado numa pedra e partido o nariz" #oMarceloeaveiadramática

domingo, 7 de abril de 2019

"Que perfeito coração no meu peito bateria, meu amor na tua mão, nessa mão onde cabia perfeito o meu coração." Amália Rodrigues

quarta-feira, 3 de abril de 2019

Fluorite / Riemvasmaak, Kakamas

segunda-feira, 1 de abril de 2019

Não sei se respondo ou se pergunto. Sou uma voz que nasceu na penumbra do vazio. Estou um pouco ébria e estou crescendo numa pedra. Não tenho a sabedoria do mel ou a do vinho. De súbito, ergo-me como uma torre de sombra fulgurante. A minha tristeza é a da sede e a da chama. Com esta pequena centelha quero incendiar o silêncio. O que eu amo não sei. Amo. Amo em total abandono. Sinto a minha boca dentro das árvores e de uma oculta nascente. Indecisa e ardente, algo ainda não é flor em mim. Não estou perdida, estou entre o vento e o olvido. Quero conhecer a minha nudez e ser o azul da presença. Não sou a destruição cega nem a esperança impossível. Sou alguém que espera ser aberto por uma palavra. António Ramos Rosa
Francis Baker:my black heart I e II, Mixed Media Heart, Bandegheart
Em todos os lugares... faltas tu. [onde me doem os sorrisos e as lágrimas, onde me dói debaixo da pele] Quando te encontrar, o que faço ao hábito de esperar por ti?