terça-feira, 25 de junho de 2019

New Quilled Paper Anatomy by Lisa Nilsson Paper artist Lisa Nilsson (previously) recently completed a number of new anatomical pieces using her profoundly incredible skill with quilling, a tedious process where paper is tightly wound into small rolls and then assembled into larger artworks. The natural formation of the paper coupled with Nilsson’s ability to identify the precise materials to mimic organic structures makes each artwork appear uncannily like actual cross-sections of humans and animals. The artist has a number of new works currently on display at the Boston Art Gallery as part of the exhibition Teaching the Body: Artistic Anatomy in the American Academy through March 31, 2013.
(o fundo das coisas nas coisas sem fundo cair-me todo para caber no mundo) Pedro Sena-Lino
Mapa feito pelo blogger Kyle Kusch, do The Basement Geographer, que planeou a viagem ao detalhe, entre o Porto e Ho Chi Minh, no Vietname. Portugal e Vietname estão ligados por 17.000 kms de ferrovia. É a maior viagem de comboio do mundo. Via Weird world.

segunda-feira, 24 de junho de 2019

considerações 1 Só poetas muito pobres falarão da riqueza destas casas. As casas que limpo habitam o nadir da hierarquia poética das casas Mas com elas se paga o preço da arte. Imprestável e luxuosa, dizem Vital, penso, enquanto limpo casas. 2 São-me muito próximas, estas casas vazias Não há comunhão com uma casa até assoar cotão Sentindo a casa sair de mim Quando me mudei para a minha casa Também a limpei dos pés ao teto E por isso me foi habitando nariz e poros. No fim do dia enquanto a casa escorria pelo branco da banheira, pensei: o habitante é o meio pelo qual uma casa regressa a si. 3 Se passares um dia a limpar uma casa Ficarás muito limpo por dentro e Muito sujo por fora. 4 Teorema: Quanto mais suja está uma casa, mais limpa está a sua esfregona 5 Não é vergonha que o poeta tenha que limpar casas. Vergonha seria não escrever sobre elas. 6 Há casas tão sujas que pedem black metal por banda sonora 7 Estas casas nunca se ocupam por muito tempo. São prostitutas, não são casas para casar. Entre um e outro ocupante tenho que apagar as marcas dos corpos Descobri uma esponja mágica Que limpa dedadas da parede. Custa o preço de duas cervejas A terceira bebo-a ao fim do dia 8 Limpar-me com cerveja. 9 Por vezes os lençóis são abandonados ainda deitados nas camas. São um arrepio estes lençóis. Sair para comprar tabaco e não voltar. 10 Uma casa não pode ser só bela Tem que ter qualquer coisa de triste, Qualquer coisa que chora Qualquer coisa que sente saudade Teria escrito Vinicius de Moraes Se fosse um poeta tão pobre quanto eu. 11 Trapos são os velhos. As minhas t -shirts mais amadas terminam a vida a esfregar paredes. 12 Abandonam-se nas casas coisas sem préstimo Móveis que não valem o seu peso às costas, Canetas de apelo politico que nunca escreveram senão listas de compras (o poeta usará estas canetas para escrever sobre casas) 13 Por vezes, nestas casas, também encontro fotografia. Evidência: Algumas fotografias pesam tanto nas costas como móveis. 14 Com uma casa, pago a água ou a luz da minha casa. 15 Nalgumas casas cortaram água e luz. há que trocar horas de sol por horas na casa há que levar a água nas mãos (neste caso o poeta é também aguadeiro, Direi rio, escada acima, rio Nilo) 16 Por não ter medo de mexer nas zonas que outros evitam O poeta é campeão a lavar sanitas. 17 Limpar casas é o preço de coisas muito caras, como a arte. Ana Tecedeiro

quinta-feira, 20 de junho de 2019

por en quanto por em tanto por en canto tanto

segunda-feira, 17 de junho de 2019

“Once a profound truth has been seen, it cannot be unseen.”

domingo, 16 de junho de 2019

Kinderdijk,( Rotterdam) Moinhos e casas cubo do arquiteto Piet Blom