terça-feira, 13 de agosto de 2019

Disseram à tia Miquelina que o jantar iam ser pipis. Ao grito indignado de que não gostava nada de brincadeiras ordinárias, os sobrinhos explicaram que eram passarinhos. Acho que a tia Miquelina continuou sem perceber a cena...

quarta-feira, 7 de agosto de 2019

Não digas que eu não estava à janela, que não foi para ti o que não viste. Há tanta coisa que não sabes, não digas. Um dia ver-me-ás à janela de ontem com a roupa que hei-de vestir amanhã. Até lá pensa que me sonhaste. Nem eu mesma sei O que fiz nesse dia. Mas a janela guarda os meus dedos Como tu me guardas. O tempo é uma invenção recente. Era uma vez essa mulher que viste. Retira o vidro, A moldura, e não te esqueças de abrir o horizonte. Rosa Alice Branco
. The Dancing House, Prague by Vlado Milunic & Frank Gehry
O favor das estrelas é convidar-nos a falar, mostrar-nos que não estamos sós, que a aurora tem um tecto e o meu fogo as tuas duas mãos. René Char

quarta-feira, 31 de julho de 2019

"(...) E quando nos beijávamos e eu perdia respiração e, entre suspiros, perguntava: em que dia nasceste? E me respondias, voz trémula: estou nascendo agora." Mia Couto
algures entre um arrepio, os corpos que se tocam

quarta-feira, 24 de julho de 2019

“Pep, The Cat-Murdering Dog” was a black Labrador Retriever admitted to Eastern State Penitentiary on August 12, 1924. Prison folklore tells us that Pennsylvania Governor Gifford Pinchot used his executive powers to sentence Pep to life without parole for killing his wife’s cherished cat. Prison records support this story: Pep’s inmate number (C-2559) is skipped in prison intake logs and inmate records. He served the rest of his days in the penitentiary. His ghost is said to now haunt Eastern State. Reports say that in the night you can hear his dog tags jingling up and down the halls, and sometimes him scratching accompanied by a mournful howl.