quarta-feira, 22 de abril de 2020

faltou-nos saber com que feitio amanhece o corpo. a manhã na lufa-lufa e ausência - se lhes gritasse: "o amor entranha-se na mais pequena porção do espaço" saberiam que falo do meu corpo?... preciso do respirar, da pele. das margens dum rio por entre o amor desenhado [o toque dos teus dedos nas minhas palavras] queria apenas um lugar rodeado de sombra e ausência. perto dum tempo feito de palavras , sono e ausências. o desalinho que percorre lentamente as margens de rios por entre as linhas das minhas mãos.

sexta-feira, 17 de abril de 2020

há horas em que estar feliz é uma ferida que só o sono acalma

quarta-feira, 15 de abril de 2020

previsão do estado do corpo para hoje: - os olhares perdem-se junto das árvores caducas - sopra com toda a força o que nasce de um encontrão dum vento - toda a paisagem que atravesso dá a volta ao mundo na ternura dos teus olhos - choverá muito, eu sei, quando se desfazem as palavras ao ler-te na pele.

sábado, 11 de abril de 2020

o teu nome. a memória. e as horas
dizer-te do ruído insaciável do corpo indecifrável. dizer-te da devastação da pele. viver-te por entre o cheiro do tempo que tudo sabia e nada disse. respiro-te por entre as vozes

segunda-feira, 30 de março de 2020

sem te saber perguntar pela ausência, descoses palavras na melodia dum instante. não te iria dizer que me provocas tempestades que se entranham nas crateras da pele.

quarta-feira, 25 de março de 2020

é o dia em hora cinza-prata, a impregnar-me das palavras segredos que envolvem o olhar. é o corpo que fica vazio, o medo que o invade em sossegos prolongados. é o coração que se encontra de costas.