sexta-feira, 17 de novembro de 2017

    disse-te: tudo é assim, nos cheiros que são sombras quando a ausência rima no final do dia e o sorriso adormece a querer ser poema.
     é verdade: guardo a tristeza nas horas voláteis da pele adormecida em sorrisos tímidos e palavras prenhes de silêncios anónimos.
     demoro: entre a fraqueza dos dias a descer pelas margens da ternura, o riso aprendido entre a fala e a importância dos dedos. 

[os corpos despidos da razão a fugir pela porta do fundo do coração - demoro entre duas memórias que não sabem digerir a leveza do amor.] 

abraça-me, por favor


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