terça-feira, 28 de novembro de 2017


sabes, tenho tanto para dizer. é o meu corpo coração que entre uma batida e a outra altera o ritmo. deixou de aprender a respirar o sangue, de emoção em emoção nas veias mal dormidas. sabe o seu caminho, o turbilhão das extrassístoles a castigarem o compasso da monotonia. 
sabes, a pele que o veste com os  silêncios desmesurados que se instalam,  tem um mundo a rodar para dentro - a rota redireccionada,  o rumo preciso na mesma medida do comprimento de onda do que é suposto. 
Amo-te.  alimento-me da solidão que se abraça em desígnios.  estou presa por uma fímbria invisível a um casulo de vulnerabilidade.  a felicidade é no regresso dos dias,  percorrer com os meus dedos dormentes, pequenos precipícios da tua pele - milímetro  a milímetro.
abraçar o destino e esperar o teu beijo,  no exacto momento entre o passado e o futuro.




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