às vezes acordo com um deserto obscuro na pele. digo-te que tens as mãos presas numa linguagem que nem eu entendo. sacode-se o silêncio que abriga o teu rosto, a nudez que é a alvorada - em cada sussurro, em cada voo.
prendo a respiração
[o sangue a correr às golfadas, a pele cerzida na medida exacta de existir um corpo dentro do sonho].
o chão duma memória por dentro dos cheiros, da pele, das mãos, da língua, dos lábios, dos dentes - fronteiras que se invadem quando as mãos se tocam.
respiro. dizes que não devias ter-me olhado nos olhos, que há uma loucura plena de poemas corpóreos e saliva - e que há uma canção que se renova na margem da pele em cada noite.
quinta-feira, 21 de dezembro de 2017
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