quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

é amargo o coração do poema que se escreve de desejo
ao cair da noite
tal como amargo é o sangue que nunca para de correr
nas mãos que desenharam caminhos nas veias
a minha mão esquerda, que em cima solta as estrelas 
por de dentro dos teus cabelos.
e, em baixo, a outra
a que se enlaçada na tua
(onde começa uma e acaba a outra?)

sinto a tua pele a fertilizar a escuridão 
feita de amargo. Amargo, amargo, o sangue,
do saber-te por perto a escrever-me o mundo todo.

(a respiração? como sempre, síncrona)

apenas 
flutuo










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