quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

abraço o desígnio do meu mundo. a rodar para dentro. a felicidade a regressar nos dias. a ser percorrida em pequenos golos.
é o amor, neste tempo. a repetir-se numa pontuação liquida. o amor que se escreve, sem desenhar o destino.

[ traçado electrografico da turbulência dos lábios]

respirar o rumo - rota,  entre uma batida e a outra. os pequenos precipícios a desabotoar a pele. as palavras a esvoaçar no mesmo comprimento de onda - desmesuradas - adopto-as e apaixono-me por elas.

[conferir à língua um sentido, humedecer os lábios]

são vagas, que aliviam a fadiga: suspendem silêncios, tornam-se oblíquas. e escorrem a respirar o sangue,

[ tatuar o teu corpo no meu]

tornam-se vida e cama.
hei-de abraçar o desígnio do nosso mundo e conferir aos dias ecos desconexos.

[ até quando, até quando ? - o futuro em cada gesto]

                     (❤ de Stravinsky )













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