segunda-feira, 19 de março de 2018

eu achava que queria ser poeta, mas afinal queria ser um poema escrito pelas tuas mãos. o amor, traçado numa folha em branco - a pele - eram os teus dedos, percorriam as páginas a querer guardar as palavras.

[que seria de nós sem os movimentos das palavras inscritas nos nossos corpos?]

a pele do meu peito já nada mais resguarda
(abraça-me, abraça-me, o meu peito no teu a oferecer-te palavras),  e ainda não sei como escrever, não sei escrever as tuas mãos.

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