é um mar imenso que se debruça no horizonte.
são os gestos e sentidos, as palavras que me entram no avesso do corpo.
[ as palavras onde me fecho, quando os gestos acontecem]
quando as linhas das minhas mãos procuram as tuas
não há o nome da pressa, nos sentidos por nós respirados e que são na nossa pele a marca dos dias - dentro da noite que se cruza com a vontade.
entendi porque se morre de desejo, porque se entornam os silêncios nas bocas, porque azul se escreve ausência.
trazes nos olhos o sossego que entardece as minhas emoções. abandonamos o lugar que se teima em se deitar connosco.
[desenhamos na maresia a distância onde cabem todos os caminhos]
rompo-me no vento que estremece no segredo das árvores,
e há estas manhãs de sonhos dentro das minhas mãos.
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