a pele foi o tudo, pensou. e o nada. noite a olhar-me como se o mundo fosse o teu corpo
a ser palavras carregadas com o cheiro da memória.
a desejar,
a despir,
a rasgar e amar,
cheias de sexo, cheias de sangue.
a pele gasta-se, tal como as palavras. deverá ser lambida, com a língua que sabe os caminhos que se desenham nas veias. os lábios unidos na carne suspensa na tua espera. os dias a estremecerem por de dentro da pele.
e os corpos sabem onde se começam, sabem por onde começar. as mãos que se amarram a abraços , que se perdem no desejo, que se distraem com sorrisos.
as mãos, as mãos que lambem a pele, e que desenham as palavras que entram dentro de mim.
(20/04/2017)
quinta-feira, 19 de abril de 2018
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