há um lugar em mim e um tempo onde a polpa dos meus dedos adquire a súbita tonalidade de silêncios. o tempo que fica entre o querer e o estender das mãos. o lugar em que se deixam cair em sonetos
des
co
nexos -
as mãos, sem saber onde se esconder do prazer, nestes dias a parecer uma enorme sala no debruçar das horas.
de novo, para não ensaiar palavras, há o lugar dos meus dedos
em
ti -
o tempo em que te digo que as mãos se merecem e os lábios se pertencem
[como os olhares],
o tempo por detrás das palavras e que se torna insuportável, os dias a adormecer em maré vazia.
terça-feira, 12 de junho de 2018
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