quinta-feira, 23 de agosto de 2018

são estes os dias em que as marés navegam como o apressar duma enchente

 em que o coração dissonante me salta pela boca.
 em que fico a observar os ventos que me nascem dos dedos, que lutam para não perder a memória do toque da tua pele.

 [tudo sem respirar]

depois passo as mãos pelo cabelo, com os dedos ainda manchados pela ausência.

é quando suspiro fundo e faço novamente  pergunta:
                                   
então
          e
              o amor?

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