segunda-feira, 8 de outubro de 2018

queria ter aprendido essa forma líquida de estar na vida de ser um osso pintado a caminho da dança pôr as mãos atrás das costas num gesto largo para lançar o peito em figura de proa para ter nas costas o navio crescendo como uma árvore de fruto e dele pingar homens bons às centenas homens de coração exposto à ferida e à temperança e nunca mais descer à casa do medo nunca mais tremer nunca mais declinar em vestígio fazer do túmulo em chamas a casa do espírito o cepo glorioso onde todos os dias oferecer as mãos e a testa limpa ao machado e à vontade da coroa (seja esta coroa seja esta vontade) o coração ardendo sempre o coração ardendo livre Valério Romão

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