quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

disse-te, com estes olhos, que um dia havia de te escrever poemas, dois tons acima da pele. dos que nos nos habitam, entre o sonho e o desejo, os caminhos percorridos nos recantos do teu corpo. mora um naufrágio cá dentro, quando fecho os olhos a arriscar o fundo, quando sou a brisa que sopra do teu lado esquerdo e o sémen que semeias em mim. um dia, hei-de ser as palavras desenhadas do aprender dos silêncios, as cores que se murmuram no abismo dos teus lábios, as emoções guardadas do amor que ainda não falamos. e hei-de escrever no teu beijo, a permanência dos dedos entrelaçados e que o poema sou eu.

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