domingo, 2 de fevereiro de 2020

Eugénio de Andrade O desejo, o aéreo e luminoso e magoado desejo latia ainda; não sei bem em que lugar do corpo em declínio mas latia; bastava abrir os olhos para ouvir o nasalado ardor da sua voz: era a manhã trepando às dunas, era o céu de cal onde o sul começa, era por fim o mar à porta – o mar, o mar, pois só o mar cantava assim.

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