segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020
sei do tanto que tenho para te dizer, do debruçar no poema, na possibilidade da queda - escorregar pelos cabelos,
len
ta
men
te,
nos dias de veias ardidas.
são os caminhos solitários
[por dentro de mim],
cada vez que te quero dizer que gostaria de te amar, no ousar dos corpos entrelaçados debaixo dos lençóis.
tenho esta dor que se escreve e me atravessa, nas arestas do tempo
[ a dor que fala, que por vezes grita],
a fracção de desejo e saliva, a deixar reticências sobre a pele.
as promessas ritualizadas no país habitado pelo amor que se escreve cinza e silêncio.
[o corpo, no avesso das emoções.
o pensamento, na distância de asas abertas]
e o amor que sinto por ti, é a pele a voar mar adentro da memória
o amor, por que esperei, e que será meu para sempre
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