respira ação. quando os pulmões ganham gestos vegetais e gritam ao mundo: fotossinto-te
sábado, 28 de outubro de 2017
sexta-feira, 27 de outubro de 2017
há mulheres que carregam por de dentro dos olhos os beijos entre beijos, a morrerem no avesso da espuma dos dias.
as mulheres com a ternura a aflorar à boca, em cada sílaba invisível dum poema feito mar e vento
[ à margem dos dias, a desaguar no céu inteiro ].
as mulheres e o poema. a trocar de pele nos dias que são alimento - aflorar à boca a subtileza das mãos que se tocam, a desprender-se o músculo do tempo a separar-se.
as mulheres com desertos por dizer
[ carregados por de dentro da margem do que olham]
sem saber como silenciar a sofreguidão, nem como respirar a pele
quinta-feira, 26 de outubro de 2017
uma vez, era uma vez. uma história cheia de regressos. dum corpo aprisionado na nudez, pela inquietação que o percorre em palavras a ecoar na dor.
[ trezentos e sessenta e cinco tempestades, beijos e sonhos guardados nas mãos, a gritar que há toda uma vida para viver ]
[ trezentos e sessenta e cinco tempestades, beijos e sonhos guardados nas mãos, a gritar que há toda uma vida para viver ]
são estes os dias
em que as marés são como o apressar duma enchente.
em que o coração dissonante me salta pela boca.
em que fico a observar os ventos que me nascem dos dedos, e lutam para não perder a memória de todos os dias onde te guardo nos lugares felizes.
[tudo sem respirar]
depois passo as mãos pelo cabelo, com os dedos ainda manchados pela ausência.
é quando suspiro fundo e faço novamente pergunta:
então e o amor?
- uma vez. era uma vez -
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