desfocar-te
com os dedos que escrevem linhas rectas. a direcção dos sonhos a adivinhar-se
e à mão afigura-se o que se pretende.
sobre a textura da pele, agarram-se futuros,
acende-se o lume do mundo do que se propaga - os sentimentos, medidos palmo a palmo.
quando o silêncio não é mais
do que a pausa da tua respiração
não é mais do que o verbo desfocar, nasce um poema raiz entre os meus e os teus olhos.
sábado, 28 de outubro de 2017
sexta-feira, 27 de outubro de 2017
há mulheres que carregam por de dentro dos olhos os beijos entre beijos, a morrerem no avesso da espuma dos dias.
as mulheres com a ternura a aflorar à boca, em cada sílaba invisível dum poema feito mar e vento
[ à margem dos dias, a desaguar no céu inteiro ].
as mulheres e o poema. a trocar de pele nos dias que são alimento - aflorar à boca a subtileza das mãos que se tocam, a desprender-se o músculo do tempo a separar-se.
as mulheres com desertos por dizer
[ carregados por de dentro da margem do que olham]
sem saber como silenciar a sofreguidão, nem como respirar a pele
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