segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

amanheces-me nos lábios e na pele, onde se lembram palavras despidas de corpo. 
são memórias, transpiradas, que dentro de mim se afogam em certezas. 
quebram-de nas ondas do meu mar. onde se escreve como te tenho no colo, de todas as vozes que desaguam no meu silêncio.




#memórias_duma_Vet_toda_queimadinha


a minha vida é tão emocionante... 😑


habitas-me em cada palavra que dança entre os silêncios 
[poemas corpóreos cheios de certezas não verbalizadas]
manhãs que crescem nos teus braços, nas tuas mãos, na pele onde pousam os pássaros que nos permitem sonhar. a pele pela qual me apaixono, cada vez que respiro a tua ausência.
habitas-me nestas palavras que são só nossas. a cerzir as linhas onde desenho a tua espera.
o voo dos encontros tão breves - a ternura consentida na persistência da memória.
porque há muitos poucos corpos que nos ensinam a voar.

domingo, 10 de dezembro de 2017

O que afinal me lê são todas as palavras que por dentro me perfazem, enquanto me lembro que ninguém me ensinou que o mundo podia ter o tamanho da tua ternura.


quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

(...) Amanhã, ou enquanto dormes
- agora mesmo -, vou pensar em ti.
Intensamente: até que as horas me doam sobre a pele,
e o movimento dos dias passe como aves
que perdem o sentido do voo - até que tudo
o que me rodeia tome a forma do teu corpo.
E em mim circules - quando estendo a mão
por dentro da noite e te acordo,
no fogo dos meus olhos.

Al Berto

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

a ação consiste em escrever[-te], de.va.ga.ri.nho e num poema. numa linguagem sem regras. sem pausas, sem silêncios. a desenhar palavras com pontuações e letra pequena. 
os meus olhos, a medir o mundo; cheio de arritmias gramaticais frente à tua voz. 
e o coração, que encolhe por de dentro das paredes do peito, e as palavras que ficam com cheiro de pele e de tudo o que se suspende na tua boca.