quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Fala-me tu do Amor e dessa coisa esquisita que é o tempo com quatro dedos de distância entre o ardor das línguas e a asfixia dos corpos. Fala-me tu do Amor e desse desejo que arrasta a proximidade que anula todos os intervalos em pequenas existências que de tão insignificantes desaparecem numa doçura e amargura. Conta-me do constante faz e refaz, de ressuscitar e morrer, de adormecer e sonhar, do conforto da luz dos dias na realidade que nos mata. Porque do Amor também se morre e também se vive, como alimentação programada às calorias necessárias para respondermos. Al Berto

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Starbucks. Para escreverem o teu nome normalmente tens de ser tu a pegar na caneta e a desenrascar a situação. Toronto, Starbucks, senhora prestável que te diz " oooh, I know how to write it!" Ainda procuro o bigode, a barba e um par de tomates 🙄🙄🙄
Estás num procedimento clínico. O marido telefona e tu tens de rejeitar a chamada. Envias msg rápida a justificar e o corrector ortográfico castiga-te #tensummandamentonovo #nãorejeitaráschamadasdomarido
há o silêncio de um dia novo, onde o céu toca o mar e o azul escreve-se na vontade do correr da água. há a ausência da luz que cai aos poucos, em tardes de chuva e manhãs de vento. são os teus olhos a chamarem-me, o teu sorriso que me invade, as palavras que beijam por de dentro da boca. as tuas mãos pousadas em noites de quereres, quando me encontro na ternura do teu peito e agarro os pedaços de pele, para que se mantenham juntos - é o encontro que só se dá, se tirarmos os pés do chão, para que no voo a vida faça sentido.

terça-feira, 11 de setembro de 2018

(des)amor
Tempos houve com oceanos violentos dentro de nós. — David Kutz-Marks, Liberation Two
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