sábado, 22 de fevereiro de 2020

reza a história de que ela não (as) deixava - as palavras - as mãos que não agarram quaisquer verbos, a ausência das que nos habitam de corpo inteiro os dias prematuros. foi uma para cada lado, a ensurdecer o amor que se manipula por de fora da pele. fugiram, a ecoar no avesso como um seio ausente, quando se encostam na expressão dos dias. pensa como seria o seu corpo, quando a distância não precisa de mais nada senão de existir para crescer

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2020

admitir que não sei do esquecimento, do coração que se asfixia por dentro da memória

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

sei do tanto que tenho para te dizer, do debruçar no poema, na possibilidade da queda - escorregar pelos cabelos, len ta men te, nos dias de veias ardidas. são os caminhos solitários [por dentro de mim], cada vez que te quero dizer que gostaria de te amar, no ousar dos corpos entrelaçados debaixo dos lençóis. tenho esta dor que se escreve e me atravessa, nas arestas do tempo [ a dor que fala, que por vezes grita], a fracção de desejo e saliva, a deixar reticências sobre a pele. as promessas ritualizadas no país habitado pelo amor que se escreve cinza e silêncio. [o corpo, no avesso das emoções. o pensamento, na distância de asas abertas] e o amor que sinto por ti, é a pele a voar mar adentro da memória o amor, por que esperei, e que será meu para sempre

domingo, 16 de fevereiro de 2020

chegaste a desenhar um coração na distância do meu peito ao teu encontrei-te dentro dos olhos, com o brilho da recordação da fome das tuas mãos. é a transparência dos teus dias claros é o teu corpo, à altura do desejo é toda a ternura quando me dizes: três vezes amor
I could be an organ donor, the way I give up my heart

sábado, 15 de fevereiro de 2020

Sushi!!! __The myelin sheath protects our neuron axons, which are a tiny bit like our body's internal ethernet wiring. [via Neurons want food]

terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

[dizer-te] - trocamos sentimentos no lugar das palavras. sem promessas feitas, a tornarem-se ocasos de lugares-comuns. o que nos damos está em todos os lugares, nos gestos, em todos os olhares, no encontrar dos corpos, na vida que sabe sempre acontecer, nestes regressos a nós.