quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

o corpo e a forma do poema. intenso como o desejo recortado na minha pele. este amor em forma liquida, na travessia do tempo onde se geram ritmos. os teus gestos, no meu corpo entrelaçados, a minha língua que se escreve na tua pele. é este amor táctil em que se libertam as imagens nos dedos

[memórias em modo repeat que me encerram as mãos]

este avesso das palavras na escuta das tuas mãos que desejam o côncavo do meu corpo. perco os olhos nestes movimentos de ida e volta, enquanto te sussurro nos poros da tua pele com o entardecer dos meus lábios

[o ventre, o meu ventre , a linha da anca onde mergulhas o quente das tuas mãos]

abracei-te no meu colo, onde me sinto pequenina à sombra dos meus cabelos. a fazer planos desencontrados na imaterialidade do momento.


Sem comentários: