sábado, 21 de abril de 2018

há momentos feitos de vento e de fogo, quando os dias desaguam nas palavras que constroem o nosso corpo.
há momentos em que a ternura é o silêncio com que te assombras
em que somas a vida a cada silaba invisível que aflora à boca.
são as mulheres, que fingem entre tons de cores os murmúrios do acaso.
sou eu, que carrego por de dentro dos olhos um céu feito de palavras, sou eu que me esqueço na margem dum poema.
— se pelo menos soubesse tactear a manhã...

é o fogo que lavra
é a noite que desce
são as estrelas que caiem


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